Em busca de algo a mais, e sentir na própria pele o desafio do conhecimento. Sem estar vinculado a uma amarra social, estando livre para percorrer seu próprio caminho, sem hora, data e local, Luiz Sagas, saiu de sua cidade Piraquara - PR, montado em uma bike, para ir até o Fim do Mundo, Ushuaia - Argentina.
Em Março de 2022, saiu de sua cidade com seu amigo Khalil rumo ao Rio de Janeiro, onde passaram cinco meses. Nesse período rolou muitos desafios. Moraram em um veleiro por três meses em Ilha Grande. Onde só conseguiram morar pois atravessaram de stand up desde Paraty (aproximadamente 100km). Participaram de um campeonato de skate. Quebraram várias barracas devido a chuva, entre muitos outros perrengues rs.
Em Outubro, Sagas começou a descer rumo ao seu destino. Passando pelo litoral Paulista, Paranaense e catarinense, onde ficou 20 dias na Praia do Rosa. Foi vivencia total, surfou e construiu os móveis da Kombi Home de uma amiga, grande Paulinha.
Em Janeiro deu start para o Rio Grande do Sul, acampando pelas estradas e posto de gasolina. Participou de um campeonato de bike, e muito role de skate pela orla. E as vezes rolava um churrasquinho.
Chegou no Uruguay em Fevereiro (Chuy), seguiu atravessando o país pela costa. Em oito dias chegou na capital, Montevideo. Onde aconteceu um dos maiores perrengues da viagem. Pois nao se encontrava lugar para montar a barraca. Precisou dormir na Praça Centenario, lotado de gente perigosa. Assim continuou a pedalada até Colonia Del Sacramento, para fazer a travessia a Buenos Aires.
Chegar na Argentina foi o ouro da viagem, tudo mais barato e ainda encontrou seu amigo Amilcar em La Plata. Participou de outro campeonato de skate, mas dessa vez no bowl. Em seguida foi para Bahia Blanca, onde ficou 5 dias, aproveitando para descansar.
Puerto Madryn, Playa Union e Caletoliva foram as próximas cidades. Acampando em uma escola circense e conhecendo Pablo, que foi o primeiro shaper da Patagonia. E também surfou com leão marinho em Playa Union.
Já passado metade do país, em Raddatily, deu aula de skate para uma brasileira. E teve a surpresa de ter sua barraca comida por uma raposa no camping.
Já chegando nas partes geladas do país, na cidade Tolhuin, teve a oportunidade de surfar na água mais congelante da vida. E um detalhe especial, foi ao lado do Barco Desdemona. E é um dos lugares mais austrais do mundo.
Parou em Laguna Escondida, pois estava tendo uma forte tempestade da travessia da Cordilheira dos Andes, então ficou por ali dois dias num hotel abandonado. Próximo do Paso Garibaldi.
Finalmente, chegou ao Ushuaia, com o coração grato pelo objetivo concluído.
Conheceu o Glacial Martial, junto com um amigo, que tinha acabado de conhecer. Ele o encorajou a subir de bike. Foi uma cena inédita, pois acreditasse, que eles foram um dos poucos a subirem de bicicleta. E detalhe, o Sagas com um skate amarrado, e dropou de uma pedra. Então de skate, acreditasse que foi o único. Yeahhhhhh!
Passou cinco dias no Ushuaia, e no último dia foi dormir lá em cima da Cordilha em um refúgio de Ski abandonado. Achou que séria o único, até chegar o guarda de quadriciclo (onde ele deu uma volta), e mais esse amigo que tinha conhecido, com um violino. E a partir disso, só grandes histórias pra guardar nas memórias.
A volta, em grande parte foi de carona. E por fim, conheceu um novo país, o Paraguay, que também pedalou um pouco e seguiu rumo ao Brasil, onde terminou a viagem de ônibus.
E assim, surgiu a estampa SAGAS NA ESTRADA.
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